Intervenções do professor no processo inicial da construção do
conceito de número
Quantos
de nós, quando crianças, tremíamos de medo, sentíamos aquele friozinho na
barriga ou outras sensações pouco agradáveis, à simples menção da palavra
“matemática”? Atividade surpresa? Prova?
Ai, ai, ai, problemas à vista, na certa... Com o passar dos anos, percebemos
que a resistência em relação a esta disciplina ainda existe, e então nos
perguntamos: Por que tanto “medo”?
Conforme pesquisamos, esse fato pode estar relacionado com algum
tipo de dificuldade que tivemos em lidar com os números e suas operações em
alguma etapa de nossas vidas escolares, algo que passou despercebido pelo
professor ou foi mal compreendido pelo aluno no momento da apresentação de
algum conteúdo, gerando dúvidas não esclarecidas (ou mal esclarecidas), etc...Pode ser
que o Professor tenha feito uso de uma didática inadequada ou não estava
devidamente preparado para ministrar aulas da disciplina em questão ou até
mesmo tenha realizado intervenções de forma não tão bem elaboradas, fato que
tenha nos dificultado a resolução da situação problema.
Hoje é possível
(e de fundamental importância) ensinar de forma que as crianças vejam sentido na
aprendizagem de modo geral (neste caso, da matemática) e possam reutilizar os
conhecimentos adquiridos a cada novo problema proposto. O professor deve
conhecer o grupo de alunos o melhor possível e identificar como as crianças
desenvolvem o pensamento matemático, como estas se comunicam e interagem com o
ambiente em que estão inseridas quando expõem a sequência de números e contam.
Nessa perspectiva, são priorizadas estratégias nas quais
os alunos confrontam seu raciocínio com os dos colegas nas discussões em grupo,
justificam suas escolhas e registram suas próprias hipóteses, buscando resolver
situações-problema com mais autonomia. O papel do professor não está só em
ensinar conceitos aos alunos, e sim ajudá-los a construí-los.
Para que a
criança construa o conceito de número, que é um conceito complexo, é preciso
que o professor lhe ofereça inúmeras atividades de classificação, seriação,
ordenação de quantidades, etc.
Para
desenvolver a autonomia nas crianças pequenas para que elas possam ser
mentalmente ativas para construir o número, a interação do professor com seus
alunos se faz fundamental, pois ele vai encorajá-los a expor seus pensamentos
sem medo do julgamento prévio do adulto, mas agindo de acordo com suas escolhas
e hipóteses.
Também
merecem destaque algumas posturas que o professor deve adotar ao propor
atividades numéricas, como encorajar as crianças a opinar, participar
ativamente das atividades, respeitando a espontaneidade e estimulando o
pensamento e a criatividade, fazendo com que o aluno pense sobre os números e
interaja com seus colegas.
Material
concreto como bolas, palitos, fichas, chapinhas devem estar à disposição dos
alunos para serem manipulados.
É
necessário ainda que os conceitos matemáticos façam parte da formação do
professor, pois deste modo terá condição de transformar o conhecimento
matemático passível de ser ensinado/aprendido. Caberá ao professor proporcionar
ambientes e situações que estimulem o aluno a criar, comparar, discutir,
rever, perguntar e ampliar ideias, pois desta forma fará com que a interação
com os demais alunos possibilitem trabalhar coletivamente, na busca de soluções
e consenso, fazendo-o compreender o pensamento do outro e respeitá-lo,
fazendo-o discutir ideias e incorporar soluções alternativas, pois sendo o
aluno um agente construtor do conhecimento é necessário que o professor faça
com que a criança se considere protagonista da construção de sua aprendizagem,
destacando assim as novas dimensões da relação ensino-aprendizagem e
enfatizando a importância do papel do professor como facilitador do processo,
não meramente aquele que expõe todo o conteúdo aos alunos, mas aquele que
propicia as condições adequadas que permitam ao aluno desenvolver recursos que
o levem a obter as informações que até então este não tinha condição de obter
sozinho.
Então,
que na matemática da relação Professor-Aluno, 1+1 seja sempre mais que dois!
E para
não dizer que a Matemática não é divertida, inserimos a imagem abaixo:
Até a próxima!
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